Onyx

Raça: Europeu Comum D. Nascimento: 2003-06-06

O Onyx foi o último a chegar. No mesmo dia em que os meus pais tiveram coragem de me contar que a Finha tinha morrido, liga-me uma amiga desesperada pois tinha visto uns gatinhos numa obra perto de casa e não tinha sitio onde os pôr - casa de banho, marquise, garagem, estava tudo ocupado com animais em convalescença. A pedido dela, o Onyx e a mana vieram fazer umas fériazitas até irem para os donos. A mana foi para uma amiga minha e o Onyx não chegou a sair, pois quando chegou a altura não fui capaz de o dar.

Tenho a certeza que Deus, quando mo enviou, pensou que eu naquele momento precisava de um bocadinho de animação na minha vida. Mas tanta, meu Deus?... Para quê tanta?!...

Nunca tive gato tão mafarrico, arteiro, propenso ao desastre, e ao mesmo tempo tão cativante, meigo... Vê asneiras para fazer onde elas não existem, e depois olha com um ar inocente como quem pergunta:" Mas o que é que eu fiz? Essa cara de zangada é para mim?".

O piratinha - primeiro nome que teve e que lhe assenta como uma luva - inferniza a vida da Espy - que nunca, nunca vai engordar. Ele faz-lhe perseguições exaustivas que incluem jogar às escondidas no meu quarto, visitar a banheira e dar bofetadas no cortinado - ele dum lado, ela do outro - saltar por cima da bicicleta que está no hall, trepar os sofás da sala e aterrar ofegante em cima da secretária do computador. E, se a porta da cozinha estiver aberta há também um percurso que inclui o frigorifico - que tem 1.80m... - e uma opção aliciante que é trepar pelas grades da janela da cozinha tal qual um alpinista no Monte Branco.

A acompanhar esta actividade toda muitos prruuus, mrruuuus, merenhaus e afins. O Onyx NUNCA está calado. Mesmo quando lhe ralho a última palavra é dele; um "remenhau" muito ofendido.

Tenho a certeza que, se o tivesse dado mo tinham devolvido ao fim de 2 horas...