Artigo retirado de:
http://www.felinus.org/index.php?area=artigo&action=show&id=391
Autor:
Mastah (Paulo Azevedo) [ Europe/Lisbon ] 2004/12/28 14:06

Cantiga popular incentiva crianças a maus tratos a animais

Há uma cantiga popular que deveria ser banida para sempre das brincadeiras infantis. «Atirei o Pau ao Gato», sádica e estimulante de crueldade contra os animais (em especial os gatos), desde o título até à última interjeição de dor do animal agredido: "MIAUUUU!!!...".

E a dona Chica-ca? Francamente-te, dona Chica. A senhora é um péssimo exemplo. Admirou-se do berro, do berro que o gato deu? Deveria, sim, ficar indignada contra a agressão covarde a um bicho indefeso, infinitamente menor que o seu agressor. Queria vê-lo sozinho ir a uma floresta atirar um pau a um tigre, primo do gato.

Aliás, esta canção que ensina as crianças a serem agressivas contra os animais é do tempo da avó cachucha. Os teus bisavós, quando ainda crianças, devem ter brincado cantarolando esta fina flor do mal. É possível que a cantiga tenha tido origem nos tempos da inquisição, quando as acusadas de bruxaria e os seus gatos eram queimadas vivas.

Que as crianças cantem esta cantiga ensinada pelos pais e professores, a gente entende. Elas não têm culpa de receber ensinamentos de crueldade contra os gatos em forma de música. O que não dá para compreender é que pais e professores continuem a passar para os filhos e alunos esta técnica de tortura medieval.

Repara que num trecho da música, logo depois de atirado o pau ao pacifico felinus, diz: "Mas o gato, tô-tô, não morreu, eu-eu". Parece um lamento à sobrevivência heroica do bicho depois da agressão. Ou seja: a intenção era mesmo matar!




(adaptação livre)