Alpha (também conhecida por Pipoca)

Raça: Boxer D. Nascimento: 1990-06-13 D. Óbito: 2002-06-27

A Pipoca era um sonho de cadela...
Era uma boxer grande (pesava 32 kg) muito bonita e imponente.
Quando chegou a nossa casa era só patas e orelhas. O Fera, o nosso cão com 1 ano na altura, tinha ciúmes e rosnava-lhe quando ela se tentava encostar a ele para dormir como vinha habituada com os irmãos. Desde logo muito brincalhona e bem disposta, o que a levou a fazer alguns disparates engraçados como estraçalhar um "Expresso" no tapete da sala... Vinha ensinada da mãe a fazer os xixis-cocós no ralo do terraço: às vezes parava de brincar e corria para lá a despejar um "laguinho". Aos 3 meses já fazia tudo na rua e também já obedecia ao "senta", "vem cá" e outras coisas essenciais.
Fez-se uma cadela linda, muito obediente, meiguinha e divertida. Nunca nos deu chatices, a não ser quando algumas pessoas morriam de medo dela, mesmo sem ela nada fazer por isso.
O dono era a paixão dela e não suportava que ele olhasse para outro cão (à excepção do Fera, seu amigo de sempre). Uma vez causou um sarrabulho com outro boxer a quem se atirou furiosa de ciúmes porque o dono tinha brincado com ele...
Adorava atirar-se para o chão de repente e esfregar as costas. Os brinquedos favoritos eram as bolas que infelizmente não duravam muito naquelas dentolas. Adorava nadar e pedia para que atirássemos paus ou pedras para dentro de água para ela ir atrás. Fazia buracos enormes na areia da praia, onde aliás só a podíamos levar fora da época balnear. Detestava gatos que perseguia ferozmente.
Além dos beijinhos fantásticos que ela nos dava sempre que podia, dava-me particular gozo dormir a sesta com ela. Ela enroscava-se nas minhas pernas e aí ia para os seus sonhos: mexia as patas, os olhos e fazia sons. De noite ressonava imenso, tão alto como o dono.
Morreu velhinha, com um linfoma. Até ao final sempre a querer brincar com as suas bolinhas, pauzinhos e afins.