Esta era a minha menina, quando ainda vivia no canil de S. Pedro de Sintra (APCA). Apesar dos esforços das voluntárias, os maus tratos tinham sido tantos que o olhar só espelhava tristeza, medo e terror. Por essa razão, escolhi-a para afilhada, convencida que uns passeios comigo aos fins de semana iam contribuir para minorar o seu sofrimento. Qual quê! Tinha tanto medo de tudo (comigo incluída) que nem se mexia, a não ser para tremer que nem varas verdes. Os primeiros passeios foram a biscoitos (biscoito atirado, um ou dois passos, biscoito comido e nova paragem com um ar aterrorizado) e só a partir da terceira visita. Mesmo assim, só andava para cima (para regressar ao canil, pelo carreiro descendente, tinha que vir ao colo - ufa! São 25 kgs). Ao fim de pouco mais de um mês, abanou timidamente o rabo quando me viu chegar e eu percebi que estava tramada, tomei coragem e adoptei-a. Demorou algum tempo a ganhar confiança, mas conseguiu superar quase todos os traumas e hoje é uma cadela alegre, brincalhona, extremamente inteligente, dedicada e agradecida e muito feliz! :) Adoro-te, Matilde, e tenho imenso orgulho em ti!
Mais uma estória bonita e com um final feliz. São estes actos de amor que nos fazem acreditar ainda...que nem tudo está perdido neste mundo de gente tão má.
Também eu arranquei o meu Pirata das garras de alguém que o ia afogar, com 2 semanas de vida, e o criei a biberon, de dia e de noite.
Infelizmente já partiu, vitima de um estupido que o atropelou e nem parou para ver o que tinha feito.
Parabéns Isabel, pelo teu acto de amor para com essa menina!!!
Eu cheguei a passear cães numa associação, e um dia quis passear uma cadelinha linda, amarela, meiguinha... Ela foi comigo, porque era tão meiga que não sabia "dizer" logo que não queria, de modo que a voltinha durou só meia dezena de metros... Ela olhava tanto para o canil da associação que tive que a levar de volta... Se a sair de lá foi a passo muuuuuito lento, a voltar foi a correr!
Para quem achar estranho que ela gostasse de lá estar: essa cadelinha tinha sido abandonada à porta da associação, num fim-de-semana, amarrada com arame farpado contra a porta, sem água ou comida... Vinha de tal modo magra e desidratada que, quando percebeu que ali tinha comida e atenção, não queria arriscar a sair mais!
Espero que ela tenha conseguido uma casinha boa...
Vi agora a foto recente! Que diferença! Nota-se aqui como a Matilde está assustada! Nem parece a mesma cadela!
Muitos parabéns! Foram muitas batalhas mas venceste a guerra! Uma guerra de amor, que é a única que no final as duas partes saiem a ganhar!
Uma história muito bonita
Diria que a Matilde é a "forma" canina do meu gatito Yuki. Também ele era tão medroso, a diferença é que o Yuki não veio de um canil mas da rua, atirado de um carro em andamento por uma besta!