"Introdução"

Custa-me tanto acreditar que já não estás aqui.
Dói saber que não te posso dar beijinhos, aqueles que detestavas.
Que não posso fazer-te «Cavalito» para tu dares aquele saltinho.
Que já não me esperas quando chego a casa.
Que já não me «ajudas» com os sacos das compras.
Que já não rebolas no chão da cozinha por ires comer o teu prato favorito-peixinho cozido.
Que já não dormes sobre os meus pés.
Que já não te «entreténs» com as minhas pernas durante a noite, o que eu odiava.
Que já não me lambes as pontas dos dedos para me acordares.
Que já não dormes nas minhas costas e no meu rabo.
Que já não saltas para o muro da varanda.
Que já não persegues a tua mãe e as tuas tias, o que elas odiavam.
Que já não és a companhia do «paizão».
Dói tanto.
A ausência e o vazio notam-se desde ontem. Faltas tu.
Desculpa-me.

O Zé Manel cruzou-se comigo no primeiro de Dezembro em Taveiro. Quis-me encontrar, eu creio, porque não largava o meu carro. Depois de inquirir, feita parva, a diversas pessoas se conheciam o pobrezinho, fiz-lhe a vontade: trouxe-o comigo e acabei por deixá-lo aos cuidados da associação onde esteve a Miúda. O Zé é lindíssimo. Está em vias de ser adoptado. Já tenho saudades dele...

Já foi adoptado!

Há dias complicados para que possamos perceber quão queridos nos são alguns com quem vivemos ou com quem tivémos a sorte de partilhar momentos de alegria e cumplicidade.
Hoje é um dia complicado.

Decidi colocar nas minhas fichas algumas fotos dos meus ANJINHOS que um dia deixaram de viver.
Decidi que serão a preto e branco.
Continuo a lembrar-me deles, com muita saudade.

Sou a Leo, que juntamente com o meu 2Patas, coloco aqui frequentemente fotos do pessoal cá de casa. São 4: as 3 meninas, com 5 anos- a (Re)Gueifa, a Kedas (ou Kapinha) e a Grem(lin). São europeus comuns, filhas de uma gata preta de rua que se afeiçoou a nós um dia, depois da sua mãe, por sua vez, nos ter adoptado como fonte de alimento. A mãe delas ainda teve, depois destas 3, uma série de ninhadas, que conseguimos ir dando a várias pessoas, para além dos que morreram (poucos). Acabámos por ficar com estas 3 pq entretanto a mãe delas desapareceu para sempre durante uma noite de domingo, deixando-as, mais uma filha mais velha e uma ninhada mais nova. A filha mais velha acabou por desaparecer também (era a querida Mocha). Estas 3 foram tendo ninhadas umas atrás das outras. Delas, morreram muitos recém-nascidos, com muitos fomos a correr para o vet para tentar, em vão, salvar. Chegámos a ter ao todo 17 gatos de uma x só, alojados na varanda das traseiras da nossa casa. Tivémos que escolher entre essa vida, completamente desgastante, e o dispender o dinheiro para as esterilizar,o que acabámos por fazer, gradualmente. Da última ninhada da Gueifa, que ela nunca pôde amamentar, conseguimos salvar o Néné, que vou mostrando neste site. É o macho cá dos felinus, nunca foi castrado e tem uma almofada para "despejar a ira", já que as meninas não querem nada com ele. Tem agora 4 anos e, modéstia à parte, é muito fotogénico. O Necas sempre foi gato caseiro, mas tem um feitiozinho ui ui. Elasforam gatas de rua e progressivamente foram se transformando em gatas completamente caseiras. A Grem sempre foi muito amedrontada e como não se dá bem com o Necas, durante o dia esconde-se no gavetão debaixo da cama e à noite sai pra comer e fazer xixi e descansar um pouco ao pé de mim. Esta é completamente preta e as duas manas são cinzentas, tipo azul inglês de pêlo curto. O Necas é mais tartaruga mas n é bem.
São anjos da guarda porque me alegram os meus dias e me mostram muito bem que gostam de mim. Acredito na bondade deles, na sua tranquilidade e em tudo de bom que me transmitem e por isso me mantêm saudavelmente equilibrada. (Acho eu ... )