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Artigos  » Crónicas » Histórias Felizes

Riyadh

Adoptei uma gata adulta – Riyadh. Ela, em tempos e durante 6 anos, chamou-se Daisy, que foi o nome dado na União Zoófila onde ela viveu.

A minha história com os animais começou com o DAT. Sempre tive animais, mas durante dois anos, devido ao trabalho e ao passar muito pouco tempo em casa, não pude ter nenhum. Sendo ultra-alérgica a gatos tinha duas hipóteses: um cão ou outro animal cujo pêlo não me provocasse alergia. Depois de muito pensar resolvi adoptar o DAT. Fui ao site da JAVA e vi este cão rafeiro fantástico que, por sinal, já tinha uma certa idade... Liguei para lá e expliquei a minha situação: que tinha visto o tal cão e parecia o cão ideal por ser velhote (teria que passar muito tempo sozinho em casa e, por isso, ser muito calmo). Afinal este cão era jovem, bastante activo e não gostava de homens. Uma vez que eu e o Ernesto vivemos juntos, não dava muito jeito... A senhora da JAVA disse-me que tinha o cão perfeito para mim, um caniche castanho que passava os dias a dormir. Isto foi de manhã, a seguir ao almoço pisguei-me para a Lourinhã (baldei-me ao trabalho) e fui buscar o pequenito DAT. Passei-me com os outros cães todos, adorei a JAVA. E trouxe o cão perfeito, super educado (uma coisa espantosa), fica em casa horas seguidas a dormir, uma maravilha, parece um gato! Entretanto tem sido estragado com mimos. Agora até se vinga se, por acaso, nós vamos sair e não o levamos.... Agora umas fotos para ilustrar:




Quando chegou

Inverno 2002

Nos dias de hoje



A experiência foi excelente, sobretudo por ser um cão adulto, sem fazer disparates, sem destruição, sem cocós e chichis fora do penico.

Mitzi - fica sempre desfocada!
Em Março fiz uma descoberta fantástica. Desapareceu a alergia que tinha a gatos. Nem pensei duas vezes, quis logo um lá para casa! Antes desta decisão tivemos duas más experiências com duas cadelas, e um gato é “fixe” porque não dá trabalho e não deixa que apareçam bichos em casa... (tenho uma fobia a baratas que é qualquer coisa). Comecei à procura de uma gata na net... Havia um gato lá em casa que não era meu e pensei que uma fêmea fosse melhor porque causa de territórios, etc. Fui ver a mãe da Mitzi à clínica veterinária que a tinha recolhido da rua. Era uma gata muito nova, cinzenta tigrada lindíssima com três filhotas... Uma das filhotas, tartaruga, a mais pequenita e atrevida – deixou-me louca de todo. Vítima duma paixão assolapada à primeira vista, trouxe-a comigo. Minúscula, chegou a casa e começou de imediato a investigar e a bufar ao DAT. Tinha um mês... o DAT adoptou-a como filha, sempre a defendeu do outro gato (que não gostou nada dela) e continua a ser um “pai” extremoso. Tem crescido e está a tornar-se numa gata linda, tola de todo, muito beijoqueira e uma verdadeira escritora (escreveu miuuuuuuuuu uma vez no teclado do computador, sozinha), comporta-se como um cão, vai buscar-nos e levar-nos à porta, anda sempre atrás de nós pela casa. Pensa que é um cão e refila quando o DAT vai à rua e ela não. Quando o outro gato (era italiano de Milão) voltou para a sua terra, a pequenita Mitzi ficou deprimida. O DAT não lhe liga o suficiente e nós não estamos muito tempo em casa. Resolvemos adoptar outra gata, desta vez adulta.

Mitzi a brincar com Ernesto
A experiência com a Mitzi a crescer foi fantástica mas um gato adulto adapta-se bem, são meigos na mesma e não precisam de tantos cuidados... Lá convenci o Ernesto que mais uma gata não dava trabalho, sendo adulta teria menos custos, etc. Ele, finalmente, lá disse OK! Durante o tempo de “lavagem cerebral” descobri a gata ideal na net – adulta, tartaruga, com uma daquelas histórias de partir o coração. Quando nos decidimos a adoptar a segunda gata, o anúncio tinha desaparecido... Enfim, alguém a tinha adoptado e ainda bem, o que não falta por aí são gatas adultas à espera de adopção. Liguei, pela primeira vez, à Ana Ramos porque ela tinha uma gata toda cinzenta. Tinha um senão – a idade - aproximadamente 3 meses. Decidi-me por uma outra gata, adulta, abandonada... Foi lá para casa mas as coisas não correram muito bem e ela foi adoptada por outras pessoas. Aqui, o Ernesto disse-me: “Acabou-se, já pudeste comprovar que a Mitzi é feliz só com o DAT, não quero mais adopções, já tivemos histórias chatas, blá, blá, blá.” E eu lá concordei com ele... Mitzi e DAT e acabou-se a conversa.

E agora a parte que interessa:

Riyadh - a foto do anúncio
Um belo dia, sem nunca desistir de adoptar uma gata adulta (sim, às vezes sou um bocado obsessiva), ao ver anúncios na net dou de caras com o anúncio da tal gata tartaruga. Fiquei super feliz por ela ainda estar na UZ (eu sei que é foleiro e egoísta da minha parte mas fiquei mesmo)! Liguei de imediato para a Ana Ramos para saber da gata. Estava com o nervoso miudinho todo, medo que ela me dissesse que a gata já não estava lá e que o anúncio ainda não tinha sido tirado... Mas não, ela estava lá há 6 anos. Não pude ir buscá-la na hora e pedi à Ana para me reservar a gata, desse por onde desse, que assim que pudesse ia buscá-la. A Ana respondeu-me “Claro que sim.” Eu, mesmo assim, ainda stressada com medo que alguém quisesse a Daisy. O anúncio era tão tocante e a descrição dela tão boa e eu andei tanto tempo atrás dela que pensei, qual namorada ciumenta, que todos a iam querer também. Há que notar que a foto do anúncio não a favorecia muito mas mesmo assim... nunca se sabe.

Lá fui buscar a gata, passados uns dias... Liguei ao Ernesto um pouco antes para lhe dizer que ia haver um novo membro na família... mesmo à cobarde, quando ele já não podia dizer que não. Li-lhe o tal anúncio pelo telefone. O Ernesto disse “Também quero ir buscá-la. Quero vê-la também. Dá-me a morada, vou lá ter.”

Lá chegámos, atrasados os dois porque havia greve da Carris nesse dia. E vimos a Daisy! E ficámos loucos de todo! Depois vimos a Ana Ramos e tratámos da adopção... Chamámo-lhe Riyadh porque o Ernesto ia para a Arábia Saudita (já lá está) e, embora fosse para Jeddah, achámos Riyadh mais giro. Metemo-nos a caminho de casa e eu, histérica, a dizer ao Ernesto “Vais ver, com esta gata vai correr tudo bem. Vai adaptar-se em 3 tempos, a Mitzi vai gostar dela e tudo”. O Ernesto, ponderado como sempre “Não podes pensar assim, é uma gata, é adulta, vamos passar uns bons dias à espera que ela se adapte... eu já tive gatos, sei como é, não cries muitas expectativas.” Calei-me e continuei a ter expectativas muito grandes em relação à Riyadh, pensei que num ou dois dias ela estaria adaptada, sem confusões de território. Enganei-me redondamente! Chegámos a casa, abrimos a caixa transportadora, sem qualquer atenção ao que se deve fazer na adopção de um gato quando já existem outros. O DAT e a Mitzi ansiosos, sem sair de ao pé da caixa. A Riyadh saiu, bufou uma ou duas vezes ao DAT e a Mitzi bufou-lhe uma vez. A adaptação estava feita. Nem 5 minutos demorou... Foi maravilhoso vê-la chegar a casa, a olhar para tudo fascinada, a cheirar tudo durante horas. Parecia que sempre tinham vivido juntos, desde sempre. Fiquei tão “burra” que passado mais ou menos 2 horas liguei à Ana para contar a adaptação da Riyadh. Eu sou uma seca com estas coisas e precisava mesmo de partilhar a história... A Riyadh parece mãe da Mitzi, dá-lhe tabefes quando a Mitzi salta para cima dela na brincadeira e não tem paciência para a “hora do disparate”. O DAT também não tem, ela é mesmo muito tolinha...

Agora o resto da história... Ando tão babada que tenho que contar o resto até hoje...

A apanhar o solzinho da manhã
30 de Setembro, 1.ª manhã da Riyadh
Derrete-se com as festas e encosta-se toda com um ar de satisfação total. Há que notar que isto aconteceu tudo em menos de 24 horas. Ainda não me saltou para o ombro... De manhã estive uma hora a fazer-lhe festas e a escová-la, encostou-se toda a mim e deu-me turrinhas na cara. Mas mais giro: deu uma turrinha no DAT que estava deitado encostado ao meu outro lado. Hoje vai tomar a primeira banhoca (tem mesmo que ser, já não tenho nariz de tanto assoar) e espero que não me odeie depois de tal tortura.
Pós-banho seco: amuou e não me liga nenhuma. Vai para o colo de toda a gente menos para o meu.

Dias seguintes: é tudo dela, uma das cadeiras da sala para dormir à noite. Durante o dia não sai de cima da máquina da roupa, tem vista para a rua. O microondas é outro dos “spots” preferidos da menina... Vai para o colo de todos, menos para o meu (grrrrr!), já pede comida dos nossos pratos (mau hábito que apanhou da Mitzi), corre quando nos vê a ir para a cozinha. Também já dá umas corridas tresloucadas pela casa com a Mitzi. Está a tornar-se mais brincalhona.

O dia de "aniversário" do DAT foi no passado dia 9 que coincidiu com o dia em que fez duas semanas que a Riyadh chegou lá a casa. Ao acordar, acordei a Mitzi. Espreguiçou-se e foi falar ao "pessoal", como é habitual. O que não é habitual é ela dar beijinhos na Riyadh e foi a primeira vez. Foi lindo! A Riyadh estava a dormir e Mitzi aproximou-se e deu-lhe um beijinho na cara.

O que foi magnífico em todo este processo foi constatar que há gatos que nem precisam de fase de adaptação. E continuo felicíssima da vida porque a relação entre eles os três é óptima, dão-se bem desde o primeiro instante e parece que viveram sempre juntos! E adoro vê-los juntos e observar as relações entre eles. O DAT, que é um cavalheiro, deixa-as sempre comer do prato dele, ao mesmo tempo que ele, inclusivamente, os raros petiscos de lata! Uma das meninas de cada lado e comem os três em perfeita harmonia...

Ontem, dia 17 de Outubro, a Mitzi foi esterilizada. Fui buscá-la e quando cheguei a casa fui recebida pelo DAT e pela Riyadh que estavam super curiosos com a caixa transportadora, abri a porta da caixa transportadora, a Mitzi saiu aos tombos cá para fora o DAT encheu-a de beijinhos. Mas qual não é o meu espanto quando a Riyadh lhe dá um beijinho na cabeça, mesmo com o cheiro a anestesia... Ontem fez três semanas que a “cota” chegou lá a casa.

Isto está quilométrico mas pareceu-me importante contar a história desde o princípio.

É verdade, a Riyadh já vem para o meu colo (já lhe passou o amuo do banho de há 3 semanas), dorme no meu roupeiro e não vai para a cama porque há sempre dois ocupantes e ela respeita isso. Mas uma vez apanhou-me sozinha, deitou-se ao meu lado a “escorregar” para a minha cara e a dar turrinhas. Pareceu-me que ontem começou a responder pelo nome... olhou para mim quando a chamei.


Autoria: Raquel Domingos
17 de Outubro de 2003

- Filipa Bastos (Filipa Bastos) [ Europe/Lisbon ] 2003/10/22 18:29

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» raka ( Raquel Domingos) » [ Europe/Lisbon ] 2003/10/23 17:37
Mas ainda bem que ficaste com a Malu... se não eu não tinha ficado com a Riyadh. Noutro dia apanhei uma pessoa num fórum que andou de olho na Riyadh... eu sabia que havia motivo para stressar wink.gif afinal não fui a única a repara nela... É linda, pena que eu seja má fotógrafa... LoL. Mas prometo arranjar umas fotos decentes ainda este ano...

» Sasha ( RaquelL) » [ Europe/Lisbon ] 2003/10/23 16:12
Como te disse, quando comecei a ir ao gatil da UZ, a Riyadh foi umas das gatas que me prendeu a atenção. No entanto, foi a Malu que veio para minha casa pois era muitíssimo carente, obsessiva mesmo... preferia receber festas a comer. Fiquei muito contente por teres adoptado a Riyadh, por lhe teres dado esta oportunidade!

» raka ( Raquel Domingos) » [ Europe/Lisbon ] 2003/10/23 14:27
Tanx wink.gif hehehe, foi a 1.ª vez que escrevi fosse o que fosse... enfim, é uma história simpática. Esta noite a Riyadh dormiu pela 1.ª vez comigo, na minha cama, como o DAT e a Mitzi, estou muito contente. Agora só falta o Matias... não deve demorar, ontem ele ficou a olhar com cara de quem queria mas tinha receio de se misturar com a família...

» Ana Ramos ( Ana Ramos) » [ Europe/Lisbon ] 2003/10/22 23:54
Pois depos de 6 anos na uz esta menina teve imensa sorte e tem uma familia super porreira. A minha tuga papagaia como a chamava arranjou uma casa biggrin.gif) e manos e pais.

Tenho a dizer que a Raquel é uma querida e tem o ex lili actual Matias lá em casa até ele ser adoptado. Ele não teve sorte foi adoptado e abandonado na clinica. da Ana. Aqui como a minha cinza lhe batia muito ele não estava bem e a Raquel ofereceu-se.para ajudar.
Nem todos os donos são como a Raquel mas agora ele vai arranjar donos impec como a minha querida papagaia. Tou feliz por ela e obrigada Raquel.por a teres querido

» everblue ( Elsa Patrícia Bernardo Correia de Oliveira) » [ Europe/Lisbon ] 2003/10/22 19:19
Linda história! Felicidades!

» Filipa Bastos ( Filipa Bastos) » [ Europe/Lisbon ] 2003/10/22 18:30
Parabéns, Raquel! E felicidades para toda a família! smile.gif
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