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Colónia da Rocha Conde de Óbidos - Colónia Exemplar



Existem centenas de colónias de gatos pela cidade de Lisboa. Locais onde estes animais encontram abrigo, alimentação e companhia da mesma espécie. A sua origem? Vagueantes, abandonados, etc.

O número de gatos de uma colónia depende do espaço, das condições e da comida que conseguem obter.

As primeiras notícias da Colónia do Cais da Rocha chegaram ao site Felinus em Maio de 2006:

«Uma colónia de gatos absolutamente miseráveis numa zona central de Lisboa. Magros, sujos, maltratados, são dezenas, alguns ainda pequenos.
Junto ao primeiro gato da foto, uma pata de um gato decepada...»

Gata Doente com Ninhada
Com as primeiras visitas a esta colónia foi fácil perceber que a situação estava longe do ideal. Mas as condições naturais do local eram perfeitas e valia a pena tentar melhorar o negativo:

1. O número de gatos era elevado.

2. Os machos estavam em muito mau estado fisico devido às lutas constantes pelas fêmeas. Lutas estas que podem servir de fonte de contágio de doenças como o FIV e o FeLV. Extremamente magros.

3. Fêmeas em péssimo estado devido às ninhadas constantes: Coriza (infecção respiratória e ocular), Piómetras (infecções do útero, podendo ser mortais), e infecções mamárias. Estádo débil em geral.


4. Ninhadas em condições deploráveis: Corizas (transmitidas pelas mães), pneumonias, broncopneumonias, raquitismo, infestações por parasitas, deformações congénitas, etc. Ou seja, ninhadas demasiado frágeis para serem viáveis. Ainda menos viáveis porque as mães, ao estarem doentes e não se sentindo capazes de os criar, os abandonam.







Resumindo, uma colónia com bastante espaço, com abrigo e alimentação suficiente, estava neste estado, única e exclusivamente pela falta de esterilização dos seus elementos.

Numa primeira avaliação contaram-se cerca de 40 gatos, sem contar com as ninhadas.

A primeira iniciativa foi retirar dalí as ninhadas, tratar e colocar para adopção. Em cerca de dois meses foram recolhidos 21 bebés. Destes, quase metade morreu devido às doenças anteriormente referidas. Os restantes foram adoptados, inclusive uma gata cega e dois gatos tripata.

De seguida capturaram-se as gatas visivelmente grávidas e esterilizaram-se de imediato, para evitar mais ninhadas. Algumas delas apressaram-se e pariram na noite anterior às operações, deixando os envolvidos neste processo a braços com mais umas ninhadas.

Depois foi apanhar machos e fêmeas gradualmente e ir esterilizando todos.
Sempre que possível, os capturados identificados como mansos foram reencaminhados para adopção. Os restantes foram recolocados na colónia.
Foram ainda adicionados alguns elementos oriundos de outras colónias que por algum motivos estavam em perigo. Com estas entradas e saídas, o número de gatos é mais ou menos o menos o mesmo do início e assim se deve manter, para não destabilizar a colónia.

Em fins de Agosto de 2006, faltavam esterilizar 15 fêmeas e 17 machos. E hoje, exactamente um ano depois das primeiras notícias desta colónia, faltam apenas dois machos e uma fêmea, que ainda não se deixaram apanhar.

Basta comparar as primeiras fotos com as actuais para ver as diferenças. Hoje em dia estes gatos estão saudáveis, robustos e alegres. Ao visitarmos a colónia podemos encontrá-los despreocupadamente estendidos ao sol ou em corridas endiabradas de brincadeira uns com os outros. Alguns convivem com os humanos que os visitam, outros preferem manter-se afastados, mas todos vivem felizes.








E nunca é demais dizer que esta evolução só foi possivel graças:
• Às pessoas que abdicaram do seu tempo para capturar estes gatos, transportá-los para os veterinários, e acompanhar os pós-operatórios nas suas próprias casas, pelas quais não posso deixar de mostrar a minha muito grande admiração.

• A todos os que contribuíram monetariamente para as cirurgias.

• Aos vários veterinários que esterilizaram estes animais a preço reduzido, ou mesmo gratuitamente algumas das vezes.

• E finalmente aos trabalhadores e Direcção do estaleiro do Porto de Lisboa que ali os deixam viver, e estão sempre dispostos a ajudar.


É importante divulgar o trabalho feito nesta colónia para que todos percebam o quanto é importante esterilizar os gatos de rua. Que de forma alguma estamos a roubar a natureza destes animais, estamos sim a proporcionar-lhes melhores condições de vida e a evitar a sobrepopulação.

E todos aqueles que acham que não se deve operar, e que acham tão bonito as gatinhas terem ninhadas de bebés tão fofinhos, vejam bem as fotos aqui apresentadas e lembrem-se que não há donos conscientes para todos os que nascem.











Para terminar gostava de lembrar que esta colónia agradece toda a ajuda que possam dar: são 40 gatos a precisar de alimentação diária e de cuidados veterinários.

No dia em que acabei de escrever este texto a única fêmea que faltava esterilizar apareceu com uma ninhada de sete gatinhos corizentos.

Encontram-se numa FAT com a mãe. Os pequenos serão encaminhados para adopção, e a mãe assim que possível será esterilizada e devolvida à Colónia. Fica foto do que se espera ser a última ninhada da Colónia do Cais da Rocha. Procuram-se donos para estes bebés.







- luna.zoe (Ana Páscoa) [ Europe/Lisbon ] 2007/04/25 13:16

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